Natal

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Febre nos bebés: que fazer?
A febre é um dos sintomas mais frequentes nos bebés, e um dos principais motivos de ansiedade nos pais.

A temperatura corporal considera-se normal quando se situa entre os 36 e os 37 graus, ainda que possa mostrar alguma variação durante o dia, com valores mais baixos nas primeiras horas da manhã e mais altos ao fim da tarde.
E também podem registar-se diferenças segundo o lugar onde se avalie: no recto é mais elevada do que na boca e nas axilas.
O organismo possui um complexo mecanismo que mantém a temperatura dentro dos limites normais: por exemplo, o movimento ou a alimentação ajudam a produzir calor, e a transpiração ou a abertura dos vasos sanguíneos da pele (pele corada) elimina o seu excesso.

Porque se produz a febre

O aumento da temperatura normal reflecte uma perda do equilíbrio entre a produção de calor e a sua perda, que pode obedecer a diferentes motivos. Nas crianças, o mais frequente são, de longe, as infecções virais e bacterianas.
Com efeito, na presença de um agente infeccioso, o organismo liberta substâncias que determinam que o nível de ajuste da temperatura se eleve acima dos seus valores normais.

A febre e as suas manifestações

Os sintomas dependem da intensidade da febre e da idade da criança. Nas mais pequenas pode registar-se só uma diminuição da vitalidade, ou um vómito aparentemente inexplicável, ou perda de apetite.
Os mais crescidinhos podem sentir dores de cabeça, de abdómen ou dores musculares. Enquanto a temperatura está a subir, a criança queixa-se de frio e se tem idade para fazê-lo procurará calor.
Além disso, pode apresentar tremores e uma coloração acinzentada na pele. Quando se alcança o novo nível térmico, aparecem os sinais clássicos da febre: face avermelhada, pele quente, abatimento ou sonolência, e inclusive delírio.

Como se avalia a temperatura

A medição requer o uso de um termómetro.
Hoje em dia existem termómetros especiais para avaliar a temperatura nos bebés sem o risco dos velhos termómetros de vidro.
Eis alguns dos exemplos, dos que poderá facilmente adquirir:
- Termómetro electrónico com ponteira maleável (menos agressiva para o bebé) com leitura digital e medida precisa em 30 segundos. Sinal sonoro quando a temperatura é alcançada.
- Termómetro médico Gálio, ecológico, não tóxico.
- Termómetro digital electrónico permite avaliar a temperatura do corpo com rapidez e exactidão. Equipado com um visor de leitura fácil, tem um sinal sonoro que indica o fim da leitura. Além disso, o dispositivo rectal e a sonda flexível facilitam a avaliação rectal da temperatura. São impermeáveis.
- Thermo Touch Baby é um novo termómetro que avalia, em poucos segundos a temperatura na zona da testa. Basta passar a sonda pela testa, na zona da têmpora e, após alguns segundos, um sinal sonoro indica o fim da leitura.
- Kit Termómetro para bebé, para medir a temperatura dos recém-nascidos com facilidade e exactidão. A chupeta com termómetro integrado pode ser introduzida na boca do bebé. A temperatura é medida em poucos segundos. No mesmo kit e para segurança adicional o termómetro digital de ponta flexível, torna a avaliação da temperatura rectal fácil e segura, sem qualquer desconforto para o bebé.

Causas mais frequentes de febre nas crianças

Infecções respiratórias

Quando falamos de "doenças que podem curar-se sozinhas", referimo-nos especificamente às infecções virais. Dentro delas, as mais frequentes são o resfriado, as anginas, a bronquite e a otite, que se caracterizam por espirros, tosse e produção excessiva de mucosidade.
Estas situações podem tratar-se mediante a administração de líquidos, antipiréticos e vapores ou nebulizações para fluidificar as mucosidades e facilitar a sua eliminação.
Não obstante, é importante consultar o médico já que, se bem que as infecções das vias aéreas superiores sejam virais, é preciso descartar infecções bacterianas, que requereriam a indicação de um antibiótico.

Doenças eruptivas

Outras infecções virais comuns durante a infância são as chamadas "doenças eruptivas", que se manifestam através de manchinhas rosadas (sarampo, escarlatina, rubéola), ou vesículas (varicela) na pele.
Nestas, como também na papeira, durante os primeiros dias a febre pode ser o único sintoma, e ao terceiro ou quarto dia aparece a erupção.
Na maioria dos casos, a única indicação é administrar antipiréticos, dado que as defesas do organismo são capazes de neutralisar o vírus por si mesmas.

Infecções urinárias

Quase sempre de origem bacteriana, são outra causa relativamente frequente da febre na infância, especialmente nas meninas. Algumas vezes é possível suspeitar quando a criança sente dor ou chora ao urinar, ou urina com maior frequência, embora a confirmação se obtenha mediante uma análise da urina.
Esta situação também requer a administração de um antibiótico.

Infecções gastrointestinais

Além de vómitos e diarreia, podem acompanhar-se de febre. A maioria das vezes a causa é viral, e não requer mais do que suplementar o líquido que se perde em excesso.
Mas quando os vómitos são importantes ou nas deposições se observa muco, pus ou sangue, há que consultar o médico dado que pode requerer-se outro tipo de terapêutica ou a reposição de líquido por via endovenosa.

Meningite

Chegamos por fim à causa da maior parte dos nossos temores quando a criança tem febre: a meningite.
Num primeiro momento, os sintomas desta doença não se podem distinguir dos da febre em si mesma, mas pode suspeitar-se se a criança alterna irritabilidade com sonolência, se se queixa de dor de cabeça forte, chora de maneira monótona, gemido ou apresenta vómitos intensos.
Em todo o caso, somente o médico pode estabelecer a diferença, e será sempre necessário um estrito controlo até que se defina o diagnóstico.

Antipiréticos, quando?

Devido à ansiedade que lhes provoca, quando o bebé tem febre os papás apressam-se a tratar de controlá-la. No entanto, muitas vezes pode ser inofensiva, de maneira que o mais importante é determinar a causa que a produziu.
Existem, pelo contrário, duas situações que requerem especialmente a administração de um antipirético: quando a criança se sente muito doente devido à febre, e para prevenir as convulsões febris, quer seja porque existem antecedentes pessoais ou familiares, ou porque a criança padece de alguma doença neurológica.

As temidas convulsões

Durante o pico febril, as crianças menores de cinco anos podem sofrer de convulsões (perdas de consciência e movimentos descoordenados ou até a ausência de movimentos).
Se bem que esta situação provoque um intenso pânico nos pais, na maioria dos casos a convulsão cede espontaneamente em poucos minutos, sem deixar nenhuma sequela.
Uma consulta imediata ajuda a recuperar a tranquilidade, e permite ao médico indicar as medidas para prevenir a repetição dos episódios, ou determinar a necessidade de efectuar estudos posteriores para descartar possíveis factores de pré-disposição.
Fonte: Sapo.pt

1 comentários:

Anónimo disse...

Obrigada por este texto muito útil, informativo e esclarecedor!A guardar na "biblioteca do bebé"!
Beijinhos, Sofia, Pedro e Joana