Natal

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Brincadeiras

A brincadeira e os brinquedos
Se bem que para o bebé qualquer objecto que caia nas suas mãos possa transformar-se num brinquedo.

Qual é a função da brincadeira?

Uma das funções da brincadeira consiste em facilitar o processo de transição da dependência para a independência. No princípio, a mamã e o bebé constituem uma unidade. Para a mãe, o pequenito é quase um prolongamento do seu corpo, e a criança, por sua vez, não consegue definir onde termina o seu e onde começa o da sua mamã.
Esta diferenciação poderá ser conseguida mais adiante, quando dirigir o seu olhar aos objectos do mundo exterior; quando tomar contacto com os brinquedos como algo diferente dele. A brincar, além de se divertir, a criança pode resolver situações conflituosas: os factos traumáticos podem ser elaborados mediante a brincadeira.
Da mesma maneira como os adultos, quando atravessam situações difíceis, tendem a resolver a sua tensão falando do que aconteceu, as crianças canalizam-na brincando. Os adultos sentem-se forçados a comentar repetidamente determinado facto doloroso, enquanto que as crianças se vêem obrigadas a recrear ludicamente a cena.
Um claro exemplo é o de uma criança cujos pais fizeram uma consulta porque o seu filho brincava e dizia que era um vulcão em erupção. “Que lindo é ser um vulcão na hora da refeição!” repetia, enquanto destruía os seus brinquedos.
Deste modo, a criança não fazia mais do que expressar a tensão vivida à hora das refeições por causa das discussões entre os seus pais. Isto permitia-lhe ter um domínio da situação.
É através da brincadeira que a criança aprende a dominar o seu corpo e o mundo exterior, alcança o domínio e o controlo dos objectos e começa a interiorizar noções de tempo e de espaço. Também aprende a dominar o seu mundo interior, quer seja através do alívio das suas ansiedades, quer pelo controlo dos seus temores.
Experimentando êxitos e derrotas, a criança alcança os seus primeiros sucessos culturais e psicológicos, e descobre como funcionam as coisas. No que se refere à aprendizagem, além de estimular o desenvolvimento intelectual, a brincadeira fomenta um hábito indispensável: o da perseverança.
As primeiras brincadeiras infantis não se fazem esperar muito tempo. Encontramo-las nos primeiros sorrisos que o bebé troca com a sua mamã, e a partir daí vamos vendo como se incrementam, até ocupar boa parte da sua vida.
À medida que a criança vai evoluindo e amadurecendo, as suas brincadeiras também se vão tornando cada vez mais complexas.

Brincar sozinha

Ao princípio, a brincadeira tem um carácter solitário. Isso não quer dizer que a criança precise de estar sozinha, mas sim que, de momento, ainda que tenha irmãozinhos ou seja visitada por outras crianças, não vai estabelecer um intercâmbio com eles.
As outras crianças serão tratadas como brinquedos, coisas que o pequenito inspecciona, toca e aprende a conhecer. Cada um atende à sua brincadeira, mas não criam uma em comum.
Durante um período muito prolongado, e até que comece a partilhar verdadeiramente as suas actividades lúdicas, a criança continuará a apoiar-se na brincadeira solitária para reparar as emoções expostas. É aí que introduz todos os aspectos do seu eu que resultaram prejudiciais.

Quando começa a brincar com outras crianças?

O intercâmbio começa a produzir-se próximo da etapa escolar. Nesse momento, o pequenito descobrirá que conteúdos da brincadeira pode partilhar com os outros e quais não pode.
De acordo com a forma como estabelece os laços com as outras crianças, assim irá definindo a sua personalidade: se se opõe aos outros ou se se submete à vontade do mais forte; se é flexível para alternar entre o que quer e o que os demais querem.
A brincadeira partilhada ajudará a criança a controlar as suas frustrações e a adaptar-se. Porque, à medida que cresce, deixará de ser “Sua Majestade o bebé”, aquele para quem o mundo gira à sua volta, para começar a experimentar que tem de partilhar; que há coisas que pode fazer e outras que não.

Brinquedos grandes ou pequenos?

Quanto ao tamanho dos brinquedos, se bem que não existam regras fixas, há alguns aspectos que convém ter em conta.
Um brinquedo enorme pode chamar-lhe à atenção, mas ao mesmo tempo também é mais difícil de manusear, de modo que convém optar por aqueles que a criança consegue segurar sem dificuldade. No entanto, é preciso que sejam suficientemente grandes para que a criança não asfixie se os colocar na boca.

Dos 4 aos 6 meses

Os brinquedos ideais para esta etapa são:

·Mini ginásios (O bebé fica no chão, de costas, e o ginásio fica por cima dele, com elementos para olhar e pontapear, que ao serem tocados emitem sons).
·Brinquedos que tenham espelhinhos.
·A partir dos 5 meses, Mantas de actividades, com diferentes texturas, espelhinhos, sons, etc. para deixar o bebé no chão.

Entre os 6 e os 9 meses

A criança já pode atirar os objectos, segui-los com a vista e depois apanhá-los.
Nesta época, os brinquedos ideais são aqueles que o ajudam a coordenar o movimento das mãos e do olhar:

·Cubos pequenos, de felpa (os de madeira ainda não, já que os bebés costuma atirá-los e poderiam magoar-se).
·Aros de plástico ou de tecido, para encaixar numa vara.
·Mantas de actividades com diferentes texturas, espelhinhos, sons, etc. para deixar o bebé no chão.
·A partir dos 8 meses, centros de actividades com plaquinhas para baixar, discos para girar, etc.
·Desde os 8 meses, brinquedos com botões (ou blocos) que ao serem golpeados com um martelinho, fazem surgir uma figura.

3 comentários:

Anónimo disse...

Olá querida mamã, olá querida Bia, como estão?
Agradeço-vos este texto tão útil, vou guardá-lo no meu arquivo pois é, de facto, indispensável!
A Joana foi hoje às vacinas, amanhã conto-vos como tudo correu, mas é claro que chorou um bocadinho, custa sempre...a mim e a ela!
Não tens que agradecer a nossa presença e amizade, nós adoramos vir aqui e saber de vocês!
Beijinhos grandes,Sofia,Pedro e Joana

Vera disse...

Olá, obrigada pela dica.
Beijinhos.

Anónimo disse...

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