Natal

terça-feira, 16 de outubro de 2007

As 40 dúvidas mais frequentes sobre o parto!!!

Olá mamãs espero que esteja tudo bem connvosco e com os vossos rebentos.
Quero desde já dar os parabéns á mamã moranguita, pois teve o seu rafa á uns dias a trás.
Hoje o tema é o parto e as várias questões que nós que nunca passamos por isto, temos.
O parto é um dos momentos mais esperados, mas também o que mais dúvidas desperta ao longo de toda a gravidez. Por isso, para chegarem a ele tranquilas, nada melhor do que o conhecerem até ao último detalhe.

A que se chama trabalho de parto?
O trabalho de parto consiste numa série de contracções uterinas regulares e progressivas que vão dilatando o colo do útero para permitir o nascimento do bebé.

O que é o rolhão mucoso?
Chama-se rolhão mucoso a um concentrado de secreções que se localiza na zona média do colo do útero, cuja função é proteger as membranas ovulares. Até ao final da gestação, quando o colo se abranda e se encurta, e antes do início do trabalho de parto ou durante o pré-parto, este tampão solta-se das paredes do colo do útero e cai.
Muitas vezes, ao ver esta substância viscosa, às vezes misturada com sangue, a mamã pode preocupar-se acreditando erradamente que se trata do começo do trabalho de parto.
No entanto, salvo que se acompanhe de contracções regulares e progressivas, a expulsão do rolhão mucoso não requer uma consulta urgente, dado que o parto pode demorar ainda vários dias ou talvez semanas.

O que significa a ruptura da bolsa?
Denomina-se ruptura de membranas à ruptura da bolsa das águas na qual se encontra o feto, imerso no líquido amniótico.
Esta ruptura pode produzir-se de forma espontânea, ou artificialmente, quando a bolsa se rompe durante o trabalho de parto.

Como me apercebo de que rompi a bolsa?
Quando se produz a ruptura da bolsa, um líquido quente começa a fluir bruscamente entre as pernas e diferentemente da urina nenhum esforço será útil para retê-lo.
O odor deste líquido é muito característico, segundo referem algumas mamãs parecido ao do sémen ou ao da lavandina.
E a coloração é habitualmente clara. A quantidade pode ser variável, e depende do tamanho e da localização da ruptura: quando é alta, a perda geralmente é escassa; em troca, se a ruptura é baixa, o fluído pode ser mais abundante.

Se a bolsa se rompe, tenho de ir a correr para a maternidade?
Sim, mas sem urgência. Se a ruptura das membranas se produz no término da gravidez (entre as semanas 37 e 41), na maioria dos casos pode esperar o início espontâneo do trabalho de parto durante as primeiras 24 horas, o que implica que de forma ordenada se pode ir planificando o internamento na maternidade.

Mas atenção:
Se o líquido tem uma cor esverdeada, acastanhada ou ensanguentada, ou odor desagradável, deverá deslocar-se para a maternidade com maior urgência, perante a possibilidade de que exista uma infecção das membranas, sangramento intra-uterino, ou mecónio fetal.

Como são as contracções de parto?
As contracções estão presentes durante toda a gravidez e podem ser indolores (segundo o que contam as mamãs, a sensação é de que a barriga fica dura).
Mas as que correspondem ao parto propriamente dito caracterizam-se porque vão aumentando de frequência (são cada vez mais seguidas), e em intensidade, tornando-se mais fortes e dolorosas.
O repouso é o primeiro inibidor das contracções uterinas que não correspondem ao trabalho de parto.
Por isso, quando aparecem, é bom fazer um breve descanso para ver se cedem.
Se fazem parte do trabalho de parto, as contracções persistirão apesar do repouso. Classicamente, o período de dilatação divide-se em duas etapas.
A primeira, denominada fase latente, começa com contracções irregulares e finaliza quando se consegue uma dilatação de dois ou três centímetros.
Na segunda etapa, ou fase activa, as contracções vão aumentando a sua frequência, duração e intensidade, e também aumenta a dilatação, até chegar aos dez centímetros, no momento do parto.

As contracções doem sempre?
Como sabemos, a tolerância à dor é diferente de indivíduo para indivíduo.
Assim, uma dor que se torna insuportável para uma pessoa, para outra pode significar apenas uma moinha.
E com as contracções passa-se o mesmo: há mulheres que se contorcem com dores, enquanto que outras nem se apercebem de que estão em pleno trabalho de parto.
O que realmente devemos saber é que não têm de ser necessariamente dolorosas para ser efectivas.
Por isso, mais importante do que a dor, é considerar a frequência: contracções seguidas durante duas horas doam ou não, são um sintoma de que chegou a hora de partir rumo à maternidade.

Como é a equipa que estará comigo no momento do internamento?
Durante a etapa da dilatação, uma equipa de saúde composta por uma enfermeira, a enfermeira-parteira e o médico obstetra acompanham a grávida, e são os responsáveis por vigiar a saúde da mamã e do bebé, e as necessidades próprias do trabalho de parto.

Poderá o meu marido acompanhar-me? E se for cesariana?
Sabe-se , com uma boa evidência científica , que se as mulheres se sentem acompanhadas, o trabalho de parto evolui melhor, e inclusive necessitam de uma menor quantidade de analgesia ou anestesia.
No caso das cesarianas, dado que se trata de uma intervenção cirúrgica, a presença de pessoas estranhas à sala de operações encontra-se restringida.
Por este motivo, o papá poderá estar presente , se o médico o permite no primeiro momento: quando se administra a anestesia e até ao começo da cirurgia.
Depois, deverá retirar-se e permanecer na sala de espera perto da sala de operações.
Quando o bebé está a nascer já pode voltar a entrar e participar no nascimento junto com a mamã.

O meu marido não quer estar no parto. Pode acompanhar-me outra pessoa?
Os benefícios de se sentir acompanhada durante o trabalho de parto não se limitam à presença do papá. Por isso, se ele não deseja estar, a mamã poderá escolher outra pessoa.
A presença dos filhos, embora seja discutida, também pode contemplar-se.
No entanto, recomenda-se consultar o obstetra para ver qual a modalidade utilizada pela instituição.

Permite-se mais de um acompanhante?
Isso dependerá mais da modalidade de cada instituição que do obstetra.

Utiliza-se sempre a monitorização fetal durante o parto?
A monitorização electrónica torna-se útil para controlar a vitalidade fetal nas últimas semanas da gravidez, ou ainda durante o trabalho de parto, já que permite efectuar um seguimento da frequência cardíaca do bebé.
Através dos movimentos fetais e do comportamento das batidas cardíacas é possível estabelecer o grau de oxigenação entre a mãe e o bebé.
No entanto , salvo se trate de partos induzidos, gravidezes de risco, ou perante a suspeita do líquido amniótico conter mecónio , quando o parto é normal, a monitorização fetal não constitui uma prática de rotina.
Neste caso, as batidas cardíacas são controladas mediante uma "corneta" de madeira ou plástico chamada estetoscópio de Pinard.

Quanto dura o trabalho de parto?
A duração do trabalho de parto depende de cada mulher. Além disso, não é a mesma coisa quando se trata do primeiro parto, do segundo ou do terceiro.
Habitualmente, na primeira gravidez, pode prolongar-se umas 12 a 14 horas como máximo; contrariamente, para os partos seguintes, a duração oscila entre as 6 e as 8 horas.
Estes tempos dependem também da conduta conservadora ou activa que requer o trabalho de parto, e da equipa obstétrica que o assiste; ou seja, se o parto se deixa evoluir de modo expontâneo ou se se decide induzi-lo.

Quando me vão internar?
Uma vez que se tenha determinado que a mamã se encontra na fase activa do parto, ou seja, que já tem uma dilatação adequada, procede-se ao internamento.

O que me farão quando me internarem?
No momento do internamento efectua-se um controlo da tensão arterial, da temperatura e do pulso.
Também se realiza uma palpação do abdómen para determinar em que posição se encontra o bebé e estimar o seu tamanho e controlam-se as suas batidas cardíacas.
Por último, faz-se um exame vaginal para estabelecer o grau de desaparecimento (perda de espessura) do colo do útero, e observar se o bebé se encontra encaixado no canal pélvico além disso, avalia-se o tamanho da pélvis em relação ao tamanho do bebé, para determinar se o parto poderá ser feito por via vaginal.
Todos estes controlos realizam-se, geralmente, por conta da instituição.

Quando chegar à maternidade, irei directamente para a sala de partos?
Ao chegar à maternidade, e após efectuar os controlos mencionados, poderá ir para um quarto, para a sala de partos, ou para uma sala de dilatação (a maioria das maternidades têm-na). Durante o trabalho de parto, a mamã permanece na sala de dilatação, acompanhada por uma equipa de saúde e algum familiar (geralmente o marido).
Se a maternidade não conta com uma sala de dilatação, quando a grávida se encontra na fase final do trabalho de parto, é transportada directamente para a sala de partos.

Vão dar-me um clister?
Esporadicamente, a mamã pode ter uma deposição de matéria fecal no momento da expulsão do feto.
Trata-se de uma situação normal que não tem porque se envergonhar, e deve-se ao facto da passagem do bebé através do canal de parto provocar uma distensão do esfíncter (o recto).
Há uns anos, para evitar a contaminação da sala de partos, aplicava-se um clister no momento do internamento.
E todavia, ainda hoje alguns médicos e instituições continuam com esta prática. Sem dúvida, em muitos lugares este hábito foi abolido devido a que o clister provoca cólicas, e é possível que a mamã não consiga distingui-las das contracções.
Além disso, a prevenção das infecções através desse método tornou-se totalmente ineficaz.

É verdade que se faz uma depilação?
Se antes se considerava mais higiénico, hoje em dia, quando o parto é vaginal, geralmente não se faz a depilação ou só se depila a zona abaixo da pélvis, na zona onde se realizará a episiotomia.
De acordo com a opinião dos médicos, os poros abertos podem sangrar e converter-se numa via de acesso aos germes, pelo que desaconselham, em absoluto, esta prática.
No entanto, a decisão final será sempre tomada pelo obstetra.

Durante o trabalho de parto, tenho de estar deitada?
Se não há contra-indicações, durante o trabalho de parto a mamã pode deambular tranquila. Apesar de algumas investigações recentes sugerirem que salvo um maior bem-estar para a parturiente não existem grandes diferenças.
Durante muito tempo manteve-se que andar ajudava à evolução do parto.
Com efeito, é possível que se a mulher se encontra de pé, as contracções se tornem mais efectivas e menos dolorosas, acrescentando a isto que a força da gravidade e os movimentos da pélvis materna favoreceriam a descida e a apresentação do bebé.
Além disso, andar permite à mamã mudar de ambiente e estar mais próxima dos seus familiares, o que torna mais suave o trabalho de parto.
No entanto, se o deseja, pode permanecer sentada ou deitada; neste último caso, sugere-se recostar-se preferencialmente para o lado esquerdo para favorecer a circulação útero-placentária e melhorar a oxigenação fetal.

O que se faz na sala de dilatação?
Na sala de dilatação, o médico ou a enfermeira-parteira anotam a evolução do trabalho de parto numa tabela especialmente desenhada (partograma), observando múltiplos factores como a frequência, intensidade e duração das contracções, a frequência cardíaca fetal, o estado da bolsa (se se encontra integra ou rota), as características do líquido amniótico, a evolução da dilatação e a dissipação do colo do utero, a posição do bebé e o grau de encaixe dentro da pélvis.
O controlo pode realizar-se mediante o método clínico, quer dizer, palpando as contracções uterinas manualmente e comparando-as com a frequência cardíaca do bebé, quer seja através de ultra-sons ou do estetoscópio de Pinard, ou também por meio de um monitor fetal.

Como se vai dilatando o colo do útero?
A velocidade de dilatação do colo uterino é de aproximadamente um centímetro por hora.
Se a dilatação é inadequada ou não avança (paragem da dilatação), será necessário conduzir o trabalho de parto.
Para estimular a contractilidade uterina pode romper-se as membranas ovulares ou a bolsa de águas, e administra-se oxitocina uma hormona sintética similar à produzida pela hipófise materna, que estimula as contracções uterinas por via endovenosa.

Tenho medo que termine numa cesariana!
Geralmente, a ideia da cesariana não costuma passar pela cabeça da futura mamã.
Aliás, para algumas, só a sua menção, representa uma grande angústia.
No entanto, durante o parto podem surgir situações imprevisíveis, que não há forma de detectar antecipadamente, pelo que a cesariana deve incluir-se dentro do menu de possibilidades de qualquer gravidez.
Algumas mamãs crêem que se o bebé nasce por cesariana serão menos mães, porque não poderão sentir como saiu, e muitas podem sentir-se culpadas por ter feito algo mal.
Mas se tomamos consciência do que o mais importante é o bebé e não por donde sai, poderemos evitar os sentimentos de frustração quando o parto não pode ser feito como o havíamos imaginado.
Também é certo que algumas mamãs optam por uma cesariana, porque não desejam ter um parto vaginal.
Uma vez analisados os riscos de ambas as situações, a mulher encontrar-se-á em condições de escolher e a sua decisão deve ser respeitada.
A forma como termina o parto deveria acordar-se através de um consentimento informado, onde o obstetra explique as vantagens e desvantagens de cada uma, e a mulher pode dar a sua opinião a esse respeito.
Os termos natural e artificial podem ser confusos, pelo que conviria evitá-los.

Quando me levarão para a sala de partos?
Quando a dilatação alcança os cinco ou seis centímetros, ou então quando se completou (mais de dez centímetros), a mamã é transferida da sala de dilatação para a sala de partos, onde terá lugar o período expulsivo, ou seja, o nascimento do bebé.

O que acontecerá quando entrar na sala de partos?
Além da mulher e o marido, na sala de partos pode estar muita gente: o obstetra, a parteira, às vezes segundo o lugar – algum médico que assiste o obstetra, uma enfermeira, o neonatologista e, às vezes, uma enfermeira pediátrica.
Quando ingressa na sala de partos, a mamã é colocada numa maca reclinável.
Em seguida, após uns poucos puxões, nascerá o bebé.
Mas, se apesar dos puxões a cabecinha do bebé não aparece, durante as contracções pode ajudar-se com a manobra de Kristeller, exercendo uma suave pressão sobre a parte superior do abdómen (o fundo do útero) para que o puxão seja mais efectivo.
Este procedimento torna-se extremamente útil e diminui notavelmente a necessidade de utilização dos fórceps ou ventosas.
Para que a cabeça do bebé possa sair de forma adequada, é necessário distender a zona períneal, que se encontra entre a vulva e o ânus.
O profissional que assiste ao parto irá definir a necessidade de proceder a uma episiotomia.

Atar-me-ão as pernas?
As pernas não se atam, mas tenta-se dar-lhes um ponto de fixação de forma a que o puxão seja mais eficaz. Algumas cadeiras ou macas dispõem de perneiras para apoiá-las com maior comodidade.

Para que serve a episiotomia?
A episiotomia, cujo objectivo é evitar o rasgar dos tecidos, realiza-se com uma tesoura pouco antes da saída da cabeça do bebé, e consiste num corte no sector que se encontra entre a vulva e o ânus, na zona denominada períneo.
O obstetra é quem determina quando é necessário realizá-la, de acordo com a distensão do períneo durante a última fase do parto.
Se bem que alguns médicos a realizem rotineiramente em todos os partos, outros podem avaliar o tamanho da cabecinha do bebé e a elasticidade da musculatura da mãe, antes de tomar a decisão.
É importante que a mulher saiba que reparar um rasgão resulta mais complicado do que realizar uma episiotomia, pelo que deve estar tranquila e confiar na decisão do seu obstetra.
No entanto, a opinião da mamã tem sempre valor.

E se não sei puxar?
Um dos motivos de maior preocupação para a maioria das grávidas é se serão capazes de efectuar os puxões com a devida eficácia, ou se poderão concentrar-se adequadamente durante as temidas contracções.
A verdade é que provavelmente não consigam fazê-lo da mesma maneira que praticaram durante o curso de psico-profilaxia, mas isto não a deve preocupar: o bebé nascerá igualmente. O puxão não é algo inventado pelos génios da psico-profilaxia, mas apenas um simples reflexo que surge, de maneira espontânea, cada vez que a cabeça do bebé se apoia sobre o recto.
Em cada puxão, os músculos abdominais e o diafragma põem--se em tensão, e esta pressão abdominal ajuda à descida do bebé.
Em raras ocasiões, a anestesia peridural pode diminuir a tal ponto a percepção das contracções ou a sensação de puxão que a sua realização se torna um tanto difícil.
No entanto, não há porque assustar-se: com a ajuda e os conselhos da parteira se suprirá essa falta de sensação, e poder-se-á puxar da mesma forma e com menos dores.

Posso puxar quando eu quero?
Os puxões realizam-se durante as contracções. No entanto, o ideal é seguir as indicações da parteira ou do obstetra, quem através do tacto vaginal pode perceber a eficácia do puxão e ajudar a conseguir a sua máxima efectividade.

Quando se utiliza os fórceps?
Os fórceps são outro dos grandes fantasmas para muitas mamãs, e algumas pensam que já não se utilizam mais.
No entanto, ainda se continuam a utilizar quando é necessário, embora as suas indicações tenham mudado. Se durante o parto se produz alguma complicação e a cabeça do bebé ainda não atravessou a primeira parte do canal de parto, é possível realizar uma cesariana.
Pelo contrário, se a cabecinha já atravessou metade do canal, não é possível que volte para trás. Como tal, será necessário utilizar os fórceps para ajudar o bebé a sair.
Para combater o medo, convém confiar na decisão do obstetra e ter em consideração que um parto prolongado pode tornar-se mais prejudicial do que a utilização dos fórceps dado que pode provocar alterações na saúde do bebé.

Como se aplica a anestesia peridural?
A anestesia peridural aplica-se na sala de dilatação, ou na sala de partos, e começa a produzir efeito aproximadamente aos cinco ou dez minutos da sua administração.
A posição da mãe deve ser sentada ou recostada de lado na maca, com as costas curvas para que se distingam bem as vértebras.
Depois de limpar a zona com um anti-séptico, efectua-se a punção.
A agulha permite colocar um catéter (tubo plástico) para injectar as drogas analgésicas através do mesmo, ou novas doses se for necessário.
A peridural pode administrar-se em qualquer momento do trabalho de parto. No entanto, o ideal é efectuá-la uma vez que o colo do útero se tenha aberto e a dilatação alcança pelo menos três ou quatro centímetros.

Como é o momento do nascimento do bebé?
A cena cinematográfica onde se observa uma mulher que inspira profundamente, guarda o ar nos pulmões, e logo puxa com cara vermelha pelo esforço e as veias do pescoço bem marcadas, apertando com força a mão do seu esposo no meio de um coro que a alenta com um "vamos, continua, mais, continua, mais", é bastante próxima da realidade.
Posteriormente – se puxou bem a mamã receberá os aplausos da plateia, festejando a sua boa performance por ter facilitado o período expulsivo.
De contrário, se o puxão não foi muito bom, a plateia também pode expressá-lo, ao mesmo tempo que renova os seus desejos para que o próximo seja mais eficaz.
Após os puxões, se está em posição cefálica, o bebé assomará a cabecinha.
O obstetra tomá-la-á entre as mãos e puxá-la-á suavemente para libertar os ombros e o resto do corpo, com um movimento de sobe e desce.
Esta manobra geralmente demora poucos segundos.
Durante a gravidez a maioria das mulheres pode imaginar que neste momento gritará, chorará, estará eufórica ou exultante.
No entanto, por norma, tanto a mamã como o papá podem sentir-se serenos e tranquilos, embora sempre alerta.

Todos os bebés nascem a chorar?
Se bem que a maioria dos bebés nasça a chorar, alguns são muito vigorosos, mas também muito tranquilos e não choram.
Por não chorar ao nascer não quer dizer que seja um bebé deprimido. Pode estar muito saudável embora não chore.

Poderei tê-lo em cima, mal nasça?
Uma vez que o bebé tenha nascido e ainda unido ao cordão umbilical é entregue à mamã, ou então ao neonatologista.
Entre os 10 e os 30 segundos posteriores procede-se ao corte do cordão (recordemos que o corte deveria realizar-se mais tarde, para permitir uma adequada passagem ao bebé do sangue que se encontra no cordão), e muitos papás querem ser eles mesmos a cortá-lo, como expressão simbólica da sua participação no parto.
Posteriormente e se o estado clínico o permite , o bebé poderá permanecer uns momentos sobre o peito da sua mamã e junto do papá, até que o neonatologista acredite ser prudente transferir o bebé e o papá até à sala de recepção de recém-nascidos.

O que me fazem, enquanto observam o bebé?
Enquanto o neonatologista observa o bebé, o profissional que assiste ao parto espera a expressão (expulsão da placenta).
No caso de se ter efectuado uma episiotomia, ou se se constata a presença de um rasgão, procede-se a suturar a ferida.
Uma amiga contou-me que após o parto, começou a tremer como uma folha...
É possível que depois do parto a mamã sinta muito frio e comece a tremer.
Isto deve-se a que a anestesia peridural afecta a regulação da temperatura corporal, e a mulher perde calor.
Estes tremores também podem aparecer pelo mesmo motivo, uns 10 ou 15 minutos depois de lhe ter sido administrada a anestesia.
Recorde que estes sintomas são completamente normais, e não há motivo para se assustar.

Como posso controlar a dor?
É importante ter em consideração que o sofrimento não nos faz mais mães, e que para aliviá-lo é possível recorrer à anestesia peridural.
O objectivo da anestesia é diminuir a dor durante o trabalho de parto e o parto, e não se torna nociva nem para a mamã, nem para o bebé, pelo que deve ser considerada uma verdadeira aliada, dado que praticamente não causa dor e melhora significativamente a tolerância às contracções.
As drogas utilizadas são analgésicos locais que em doses baixas bloqueiam a dor desde a região umbilical até às pernas, mas sem interferir no mecanismo do trabalho de parto.

Para onde levam o bebé depois de nascer?
Depois de cortar o cordão, o bebé é transferido para a sala de recepção localizada, geralmente, ao lado da sala de partos , onde encontraremos:
- Uma balança para o pesar.
- Uma lâmpada, que para além de iluminar, dá calor.
- Uma coluna para realizar procedimentos de aspiração e administração de oxigénio.
- Frascos com desinfectantes.
- Uma banheira para realizar o primeiro banho do bebé.

Como é uma sala de partos?
A sala de partos é um quarto pequeno ou médio, revestido de azulejos, e provida de:
- Uma cadeira de parto (na realidade trata-se de uma espécie de maca reclinável) onde a mamã vai dar à luz.
- Uma mesa, onde se colocam os elementos necessários para a assistência ao parto.
- Uma mesa na qual se coloca a roupinha para vestir o recém-nascido.
- Em alguns casos, podemos também encontrar uma coluna pela qual se administra oxigénio, e uma bomba de aspiração, que podem tornar-se úteis em caso de realizar uma analgesia ou uma anestesia.
- Dado que se trata de uma zona cirúrgica, quer dizer de um ambiente completamente estéril, para entrar na sala de partos necessita-se de uma vestimenta especial: gorro, botas, e às vezes máscara, tanto para o papá, como para o obstetra, a parteira, e todas as pessoas ali presentes.
Um grande beijo para todas vós e para os vossos rebentos

3 comentários:

Celine disse...

Muito útil para as futuras mãma mas o importante é estar o mais calma possivel pois o facto de estar nervosa não conseguimos ajudar o nosso filho a nascer!! É só um conselho.. lol
Beijinhos para ti e para a Bia!!

Rita Correia ilustradora disse...

Olá linda...
Olha na minha opinião (bem fresquinha) muitos factores externos (muitas vezes, negativos) influenciam, sem dúvida, mas olha que a nossa paz de espirito e descontração são um factor muito importante para que tudo corra pelo melhor!!

Se quiseres os pormenores, espreita a minha experiência de parto no babyboom:

http://babiesboom.blogspot.com/2007/10/relato-do-parto-da-mam-rita.html

E vai correr muita bem vais ver ;)

Beijo ENORME

Anónimo disse...

Olá, obrigada por este texto!
Beijinhos grandes, Sofia